quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Belga Hermann vence Grande Prémio do festival de BD de Angoulême

Foi ontem anunciado o Grande Prémio do Festival de Angoulême.

O vencedor foi um dos mais conhecidos autor da Banda Desenhada franco-belga, Hermann,muito conhecio em Portugal pelas séries Bernard Prince (série que está  ser editada pelo jornal Público), Comanche ( a minha preferida), Jugurtha e Jeremiah (Belga Hermann vence Grande Prémio do festival de BD de Angoulême (clicar para ler)).

No dia 30 será anunciado o vencedor do Prémio da Banda Desenhada Alternativa, que premeia autores não profissionais, a maior parte ligados ao mundo dos fanzines. A lista dos finalistas pode ser consultada AQUI.

Recorde-se que tem hoje início a 43ª edição desse Festival, como se pode consultar noutro post deste blogue.

Apresentação do festival de Angoulême

Tem hoje início o Festival de Banda Desenhada de Angoulême.

A programação para este ano pode ser vista AQUI.

Em baixo podemos ver o video promocional desta edição

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Tem hoje início a 7ª edição da Ilustrarte - Bienal Internacional de Ilustração para a Infância

Tem hoje início mais uma edição da Bienal  Ilustrarte, dedicada à ilustração para a infância.

O evento tem lugar nas instalações do Museu de Electricidade em Belém, onde vão estar expostos os trabalhos a concurso.

A exposição mostra o que de melhor se faz, por esse mundo fora, na àrea da ilustração para a infância.

E edição deste ano, à qual concorreram 1700 ilustradores de 72 países,  foi ganha pela espanhola Violeta Lópiz, residente em Berlim, por "Amigos do Peito", um trabalho que foi inspirado nas ruas de Lisboa.

Os ilustradores Ingrid Godon, belga, Jesus Cisneros, espanhol,e Claudia Palmarucci, italiana, recebem as menções honrosas.

Segundo declararam ao jornal Público os responsáveis pela organização da exposição, os arquitectos Pedro Cabrito e Isabel Diniz, optaram por apresentar os originais das ilustrações "em 50 pequenas estruturas em forma de casa, "aquela forma que desenhamos na infância, um quadrado, uma janela, um telhado e uma chaminé".

Alguns  momentos do trabalho do Juri:






"AMIGOS DO PEITO" de Violeta Pópiz, vencedora da edição deste anos;







segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

"Os Doze de Inglaterra" , BD de Eduardo Teixeira Coelho, editada em álbum no próximo dia 20 de Janeiro

É já nesta semana , no próximo dia 20 de Janeiro, que a Gradiva vai publicar o álbum de Banda Desenhada “Os Doze de Inglaterra”, de Eduardo Teixeira Coelho (ETC).

Essa banda desenhada foi originalmente publicada nas páginas do “Mosquito” entre 1950 e 1951 e teve como argumentista Raul Correia, baseando-se numa novela de António Campos Junior intitulada “Ala dos Namorados”, mas esta história medieval “já antes tinha sido contada na literatura portuguesa, nomeadamente em "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões”.

Uma década depois da morte de ETC (falecido em 2005), esta edição em álbum é dirigida por outro histórico da BD portuguesa, José Ruy.

Na introdução desta edição José Ruy diz que estamos “perante uma das melhores histórias de cavalaria contadas em quadradinhos", explicando que para a edição em livro foram feitas reproduções a partir de provas impressas na época.

Segundo a LUSA, que cita José Ruy, no “álbum agora editado pela Gradiva manteve-se a característica da cor de fundo adoptada pelo jornal, que se sobrepunha ao traço preto e que nas edições originais de cada prancha saía semanalmente com tons diferentes”.

Refere ainda a Lusa que, com “esta edição, a Gradiva associa-se ainda aos 80 anos da revista O Mosquito, uma das populares publicações dedicadas à banda desenhada na primeira metade do século XX e cujo primeiro número saiu a 14 de janeiro de 1936 (…)”.

“Esta é a história de doze cavaleiros portugueses, entre os quais D. Álvaro Gonçalves Coutinho, o "Magriço", que seguem para Inglaterra para enfrentar outros tantos cavaleiros ingleses e defender a honra de doze damas inglesas acusadas por estes de falta de virtude.






"Na transposição do romance para quadradinhos, Eduardo Teixeira Coelho aplicou todo o seu talento, estilo e rigor, dando expressão às descrições do romancista com o seu traço estilizado, acentuando o movimento e a força das situações dramáticas da narrativa de Campos Júnior", sublinhou José Ruy.

“Com um estilo clássico e realista, Eduardo Teixeira Coelho é considerado uma das figuras maiores da banda desenhada portuguesa e um dos que melhor se apropriou de narrativas de pendor histórico.

“Já em Itália, onde se fixou e morreu em 2005, Eduardo Teixeira Coelho especializou-se na pesquisa e ilustração sobre armas brancas e armaduras”.

Refere ainda a Lusa que, a propósito dessa edição , no passado Sábado dia 16 Eduardo Teixeira Coelho foi homenageado pelo Clube Português de Banda Desenhada, na Amadora, na instalações do antigo Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem.


Nascido nos Açores em 4 de Janeiro de 1919, Eduardo Teixeira Coelho veio para Lisboa com 11 anos e cedo começou a publicar os seus trabalhos  no Sempre Fixe a partir de 16 de Abril de 1936, ao mesmo tempo que trabalhava  na publicidade e na ilustração, actividade que manteve até 1943, ano em que entrou para a revista “O Mosquito”.

Nesta revista, colaborando com o argumentista Raul Correia, tornou-se uma das suas imagens de referência, explorando temas como a história ou o fantástico.

Quando “O Mosquito” encerrou, em 1953, encontrou-se no desemprego. Esta situação e descontente com a situação que se vivia em Portugal, emigrou, trabalhando em Espanha, na Inglaterra e acabando por se fixar em França. Aqui colaborou nalgumas das mais importantes revistas da BD francesa, como “Vaillant” ou “Pif Gadget”, usando o pseudónimo de Martin Siévre.

Criou um vasto lote de personagens de BD, como Rgnar o Viking (1955-1960), Yves le Loup(1960-1961) ou Ayak, Le loup Blanc (1979-1984), entre tantas outras.

No início da década de 70 mudou-se para Itália, tendo aí recebido em 1973 o Prémio Yellow Kid para o melhor desenhador  estrangeiro, prémio atribuído por aquele que era então o mais importante festival de BD da Europa, o Salão Internacional de Lucca.


Nos anos seguintes foi alvo de várias homenagens em Portugal, acabando por falecer em 31 de Maio de 2005 na cidade italiana de Florença , onde vivia.




quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Polémica no festival de BD de Angoulême 2016 : "sexista" ou mais uma vítima do "politicamente correcto"?

O Festival de BD de Angoulême 2016, ainda não começou e já está envolvido em polémica.

Com abertura prevista para o próximo dia 28 de Janeiro, a divulgação da lista dos  finalistas ao Grande Prémio no inicio do ano (que pode ser consultada AQUI) já está envolvida em polémica.

É que,entre os 28 finalistas deste ano, não consta uma única mulher, sendo o seu juri acusado de sexismo (ler AQUI e AQUI).

Rápidamente a organização emitiu um comunicado intitulado "O Festival de Angoulême ama as mulheres....ma não pode refazer a história (da Banda Desenhada)".

O principal argumento em sua defesa tem a haver com a triste realidade do mundo da Banda Desenhada onde o número de mulheres ligadas ao sector é ínfimo, menos de 15% entre todos os autores profissionalizados, o que reduz bastante as hipóteses de aparecerem entre candidatos ao prémio obras da autoria de mulheres.

Cedendo à pressão da opinião pública e de vários autores, os organizadores do festival prometeram rever a lista e incluir autoras femininas na lista dos candidatos.

O mais prestigiado festival de Banda Desenhada na Europa vai ter o seu início no próximo dia 28 de Janeiro, encerrando no dia 31.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Tem hoje início o 3º Salão de Banda Desenhada de Aveiro


O evento deste ano é  dedicado à revista “O Mosquito” e vai estra patente ao público até 17 de Janeiro.

Organizado pela  Associação dos Amigos do Museu de Aveiro (Amusa), a iniciativa é dedicada aos  80 anos da revista 'O Mosquito', que se publicou até 1953.

Segundo notícia da Lusa, a mostra está  “patente no Museu Santa Joana, reproduz diversas páginas e ilustrações publicadas ao longo dos anos de publicação da revista(…). Referência na história da BD portuguesa, 'O Mosquito' saiu do prelo, pela primeira vez, em 14 de janeiro de 1936 e chegou a vender cerca de 80 mil exemplares semanais e a ter periodicidade bissemanal”.

Saul Ferreira é o responsável pela organização deste salão que retoma assim, 37 anos depois,  o Salão de Banda Desenhada de Aveiro que teve a sua primeira edição em 1977, com continuidade em 1979, ano em que foi realizado em conjunto com o Primeiro Festival de Cinema de Animação que exibiu diversos filmes em 16 milímetros, todos estes  eventos realizados no Salão Cultural da Câmara Municipal de Aveiro.


(Fontes: Lusa e Diário de Aveiro em texto de Luís Ventura)