segunda-feira, 26 de setembro de 2016

70º Aniversário da revista belga "Tintin"


Comemora-se hoje o 70º aniversário do lançamento da revista belga “Tintin”, nascida em 26 de Setembro de 1946.
O semanário durou até 29 de Novembro de 1988, publicando-se um total de 690 edições dessa revista.
 
A iniciativa partiu das “éditions du Lombard”, dirigidas por Raymond Leblanc.

A revista conheceu outra versão em holandês, lançada na mesma data, dirigida à comunidade flamenga, intitulada “Kuifje”.
Nesse primeiros número surgiu uma nova aventura de “Tintin”, “O templo do Sol”, e estrearam-se novas séries, como Blake e Mortimer, de Edgar Pierre Jacobs, em “O Segredo do Espadão”, série que se tornou tão famosa como “Tintin”, ou como Corentin, de Paul Cuvelier, para além de “La Légende des quatre fils Aymon” de Jacques Laudy.
Hergé era o director artístico e Jaccques Van Melkebeke foi nomeado chefe de redacção. Contudo, este último foi substitudo por André Fernez em Dezembro desse ano de 1946, por estar a contas com a justiça, acusado de colaboracionista com o ocupante nazi.
Contrastando com Melkebeke, o director da revista, Raymond Leblanc, de formação católica, tinha participado activamente na resistência belgica ao ocupante nazi e foi a sua amizade com Hergé que livrou este do mesmo tipo de problemas que Melkebeke enfrentou.
Dois anos depois foi editada a versão francesa da mesma revista, publicada pela primeira vez em 28 de Outubro de 1948.
Aquilo que ficou conhecido como escola franco-belga ou a “linha-clara” confunde-se com a histórias destas duas revistas, apesar da partilha que esse movimento tem de fazer com duas outras revistas, uma mais antiga, o “Spirou”, revista belga editada desde 1938 e ainda em publicação, e uma posterior, “Pilote”, semanário francês, entre 1959 e 1974, passando posteriormente a mensário (1974-1986).
Em Portugal a revista “Tintin” conheceu uma versão editada pela Bertrand, nascida em 1 de Junho de 1968 e que durou até 2 de Outubro de 1982.
Muitas das séries publicadas na edição belga original foram publicadas, antes do aparecimento da versão portuguesa, em várias revistas que surgiram entretanto em Portugal, nomeadamente no “Cavaleiro Andante” (1952-1962) e na revista “Zorro” (1962-1966), entre outras.
Em baixo apresentam-se algumas das iniciativas e evocações comemorativas desse evento (podem ver também AQUI a reportagem da France3, sobre o tema):




quinta-feira, 15 de setembro de 2016

José Ruy em Cascais, para falar de BD:

 
Realiza-se este Sábado à tarde, na Biblioteca de Cascais, um encontro com José Ruy, para falar de Banda Desenhada, com coordenação de José de Matos-Cruz:

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

o fotógrafo Steve McCurry em Banda Desenhada

Acaba de ser editado em França o álbum "McCurry, NY 11 Septembre 2001", com argumento de Jean-David Morvan (n.França 1969) e do consagrado desenhador sul coreano Jung Gi Kim (n.1975).
                                                               (Jung Gi Kim)
 
Esta obra insere-se numa colecção de BD, editada pela Aire Libre/Dupuis dedicada à vida de alguns dos mais conhecidos e consagrados fotógrafos da Mgnum, agência de fotografia que co-edita estes álbuns.
 
Depois das obras dedicadas a Robert Capa e a Henri Cartier-Bresson,agora foi a vez de McCurry.
 


 
 
A história deste álbum concentra-se no momento do 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque, testemunhado por aquele fotógrafo, que tinha chegado recentemente à sua casa em Manhattan, depois de uma reportagem no Tibet.
 
Segundo Séverin Arnaud, no texto que dedica a essa edição na revista dBD de Setembro, esta obra "serve sobretudo de pretexto para apresentar cerca de 80 fotos, algumas inéditas, colocadas em contexto (...). De repórter de viagem na Índia e no Paquistão, McCurry tornou-se repórter de guerra no Afeganistão e depois no Koweit".
 
McCurry tornou-se mundialmente conhecido através da imagem icónica de uma jovem afegã de olhos verdes.
 
Este álbum, de 136 páginas a cores. é uma interessante combinação entre a banda desenhada e a fotografia.