No rescaldo dos movimentos estudantis do final dos anos 60 do século passado, nomeadamente do Maio de 68 em França, deu-se uma ruptura com velhos preconceitos culturais, à qual não escapou a Banda Desenhada.
De assunto de crianças, a Banda Desenhada tornou-se adulta e deu origem a várias revistas que procuraram analisar a 9ª arte como uma verdadeira Arte e um tema cultural com interesse.
Para isso muito contribuíram revistas como Phénix (1966-1977) ou "Schtroumpf".
Esta última, nascida como fanzine, tornou-se, a partir do nº 7, revista de grande qualidade onde se dedicavam profundos estudos criticos sobre alguns dos mais importante autores da BD franco-belga.
O primeiro número desta revista surgiu em Setembro-Outubro de 1969, editada por Jacques Glénat, de edição bimestral e, mais tarde, trimestral.
A partir do seu nº 56, em Fevereiro-Março de 1984, passou a designar-se por "Les Cahiers de la Bande Dessinée", número em que também se registaram mudanças na sua direcção, passando a ser dirigida por Thierry Groesnsteen, que lhe deu uma feição mais intelectualizada, que muito contribuiu para a decadência da revista.
Apesar de a partir do seu nº 84, em Março de 1989, a revista ter sido tomada por uma nova redacção, liderada pelos históricos estudiosos da BD Numa Sadoul e Henri Filippini, estes não conseguiram travar o declínio da revista que publicou o seu último número, o 89, em Junho de 1990.
Aqui fica a recordação dessa excelente revista, através da reprodução da maior parte das suas capas.
Alguns desses números ainda se podem encontrar à venda em sites como o Delcamp, o e-bay ou o Priceminister.
Com esta evocação iniciamos aqui um período de férias deste blog.
Regressaremos em Setembro.
Boas Férias.
Sem comentários:
Enviar um comentário