Comemora-se hoje o
70º aniversário do lançamento da revista belga “Tintin”, nascida em 26 de
Setembro de 1946.
O semanário durou até
29 de Novembro de 1988, publicando-se um total de 690 edições dessa revista.
A iniciativa partiu
das “éditions du Lombard”, dirigidas por Raymond Leblanc.
A revista conheceu
outra versão em holandês, lançada na mesma data, dirigida à comunidade
flamenga, intitulada “Kuifje”.
Nesse primeiros
número surgiu uma nova aventura de “Tintin”, “O templo do Sol”, e estrearam-se
novas séries, como Blake e Mortimer, de Edgar Pierre Jacobs, em “O Segredo do Espadão”,
série que se tornou tão famosa como “Tintin”, ou como Corentin, de Paul
Cuvelier, para além de “La Légende des quatre fils Aymon” de Jacques Laudy.
Hergé era o director
artístico e Jaccques Van Melkebeke foi nomeado chefe de redacção. Contudo, este
último foi substitudo por André Fernez em Dezembro desse ano de 1946, por estar
a contas com a justiça, acusado de colaboracionista com o ocupante nazi.
Contrastando com
Melkebeke, o director da revista, Raymond Leblanc, de formação católica, tinha
participado activamente na resistência belgica ao ocupante nazi e foi a sua
amizade com Hergé que livrou este do mesmo tipo de problemas que Melkebeke
enfrentou.
Dois anos depois foi
editada a versão francesa da mesma revista, publicada pela primeira vez em 28
de Outubro de 1948.
Aquilo que ficou
conhecido como escola franco-belga ou a “linha-clara” confunde-se com a
histórias destas duas revistas, apesar da partilha que esse movimento tem de
fazer com duas outras revistas, uma mais antiga, o “Spirou”, revista belga
editada desde 1938 e ainda em publicação, e uma posterior, “Pilote”, semanário
francês, entre 1959 e 1974, passando posteriormente a mensário (1974-1986).
Em Portugal a revista
“Tintin” conheceu uma versão editada pela Bertrand, nascida em 1 de Junho de
1968 e que durou até 2 de Outubro de 1982.
Muitas das séries
publicadas na edição belga original foram publicadas, antes do aparecimento da
versão portuguesa, em várias revistas que surgiram entretanto em Portugal,
nomeadamente no “Cavaleiro Andante” (1952-1962) e na revista “Zorro” (1962-1966),
entre outras.
Em baixo apresentam-se algumas das iniciativas e evocações comemorativas desse evento (podem ver também AQUI a reportagem da France3, sobre o tema):
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