(a primeira BD portuguesa de António Nogueira da Silva, publicada na "Revista Popular" em 3 de Agosto de 1850, "Aventuras Sentimentais e Dramáticas do Senhor Simplício Baptista" )
Segundo notícia da LUSA, divulgada no passado dia 17 de Dezembro, vai nascer em Beja o primeiro museu da Banda Desenhada.
Transcrevemos em baixo a notícia da LUSA:
"O primeiro museu em Portugal
dedicado à banda desenhada vai "nascer" em Beja, no Alentejo, num
projeto do município para contar a história da nona arte mundial, sobretudo a
portuguesa, desde 1850 e até à atualidade.
"O museu tem diversos graus de importância", começando pelo
facto de "ser realmente o primeiro museu de banda desenhada em
Portugal", diz à agência Lusa o responsável pelo projeto e técnico da
Câmara de Beja, Paulo Monteiro.
"Segundo o também diretor da Bedeteca e do Festival Internacional de
Banda Desenhada de Beja, o museu vai "ocupar um espaço que era importante
preencher" em Portugal, "o único país da Europa Ocidental" que
não tem um museu dedicada à nona arte.
"Por outro lado, frisa, o museu vai permitir reunir "uma parte
significativa" do acervo português de banda desenhada, que é
"fantástico", porque Portugal "foi dos primeiros países do mundo
a ter banda desenhada".
"A primeira história de banda desenhada publicada em Portugal, da
autoria de António Nogueira da Silva, data de 1850 e, desde então, têm
aparecido no país autores "incríveis, com movimentos muito importantes no
contexto da banda desenhada europeia e mundial, que, no fundo, dão corpo a uma
história da banda desenhada riquíssima e com pouco paralelo noutros países da
Europa".
"Portugal tem uma "história fantástica" ao nível da banda
desenhada e um dos autores pioneiros da nona arte portuguesa e europeia é
Rafael Bordalo Pinheiro, o autor da personagem satírica de crítica social Zé
Povinho, que se tornou um símbolo do povo português, lembra.
"A ideia é contar a história da banda desenhada no mundo, desde
1850 e até à atualidade, dando especial importância à banda desenhada portuguesa",
porque o acervo do museu será constituído na sua maioria por obras originais de
autores portugueses, que já existem na Bedeteca de Beja ou vão ser doadas,
explica Paulo Monteiro.
"O acervo do museu também vai ter "muitas obras" de autores
estrangeiros, nomeadamente franceses, italianos, espanhóis, brasileiros e
argentinos.
"Por outro lado, o museu vai "promover a nona arte" e trazer
"visibilidade e estatuto" à banda desenhada e aos autores, o que
"é necessário numa arte que durante muito tempo foi secundarizada em
relação a outras".
"O equipamento vai ter peças originais em exposição, mas "não será
um museu estático", porque terá uma "forte componente
multimédia", irá acolher a Bedeteca de Beja, atualmente a funcionar na
Casa da Cultura, disponibilizar aos interessados espaços de trabalho e galerias
para exposições temporárias e promover ateliês, nomeadamente de banda
desenhada, serigrafia e ilustração,
"A ideia é criar um museu que seja também um polo de atração"
de artistas de banda desenhada, explica, referindo que "não é um
equipamento para servir só o concelho" de Beja, "mas também para
servir um bocadinho todo o país".
"Segundo a autarquia, a cidade de Beja, onde, desde 2005, há uma
bedeteca, uma das poucas em Portugal e a única no sul do país, e decorre,
anualmente, um festival internacional de banda desenhada, "reconhecido um
pouco por toda a Europa", projetos dirigidos por Paulo Monteiro, afirma-se
como "um dos principais centros" de difusão da "nona arte"
em Portugal.
"A cidade "já tem tradição e está muito ligada" à banda
desenhada e, por isso, a Câmara de Beja decidiu criar o museu para
"reconhecer o trabalho que tem sido feito pelo município" no âmbito
da banda desenhada e "criar outras dinâmicas e aproveitar tudo o que tem a
ver" com esta arte, conta à Lusa o presidente da autarquia, João Rocha.
"O museu vai ser instalado num edifício propriedade do município e
situado na rua Dr. Afonso Costa, vulgarmente conhecida como rua das Lojas, no
centro histórico de Beja.
"Neste sentido, a criação do Museu da Banda Desenhada "vai ao
encontro" da estratégia Câmara de Beja de promoção, dinamização e
valorização económica do centro histórico da cidade, frisa o autarca, referindo
que o município está a trabalhar o projeto e ainda não definiu o investimento
necessário nem uma data para a criação do museu avançar no terreno.
in LUSA (17 dez 2016)
LL // MLM
olá
ResponderEliminaronde encontro a "Revista Popular" online pra consulta?
grato
http://agaqueretro.blogspot.com.br/
Caro "Dourado". A revista pode ser consultada no site da Hemeroteca de Lisboa
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarjá viu um post que fiz a respeito https://agaqueretro.blogspot.com.br/2017/02/finalmente-historia-do-barnabe-completa.html
ResponderEliminar?
abraço
no ano de 1850 não há registro da revista na hemeroteca http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Indice/Indicecronologico.htm
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