sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A BANDA DESENHADA EM DESTAQUE NO COMIC CON PORTUGAL 2015

Nos próximos dias 4, 5 e 6 de Dezembro vai realizar-se mais uma vez o “COMICCON PORTUGAL” na  Exponor em Matosinhos.

É o maior evento em Portugal dedicado à cultura pop, cinema, séries de TV, videojogos e banda desenhada.

Este ano, pela primeira vez, vão ser atribuídos os “Galardões BD Comic ComPortugal”, tendo por objectivo destacar e premiar “a melhor Banda Desenhada criada ou editada em Portugal, com particular enfoque na promoção dos autores nacionais”.

Esta iniciativa conta  “com a parceria e colaboração de editoras, autores e divulgadores” assumindo-se assim  a Comic Con Portugal “como agente dinamizador e potenciador do crescimento da BD em Portugal, com destaque para o prémio de 2000€ a atribuir aos autores do livro que venha a receber o Galardão de Álbum do Ano”.

Segundo comunicação dos organizadores do evento “os nomeados para a 1ª edição dos GALARDÕES BD”  foram nomeados e votados “por um Grande Júri, composto por 15 personalidades ligadas à BD, às artes e ao jornalismo. Caberá agora a estes mesmos jurados a escolha dos vencedores em cada categoria, a anunciar durante a Comic Con Portugal”.

Os nomeados nas diferentes categorias são os seguintes:

GALARDÃO ANUAL COMIC CON PORTUGAL

Erzsébet, de Nunsky (Chili Com Carne)
Sepulturas dos Pais, de David Soares e André Coelho (Kingpin Books)
Volta – O Segredo do Vale das Sombras, de André Oliveira e André Caetano (Polvo)
Zombie, de Marco Mendes (Associação Turbina/Mundo Fantasma):

EXCELÊNCIA NA ESCRITA DE BD

André Oliveira, em “Volta – O Segredo do Vale das Sombras” (Polvo)
David Soares, em “Sepulturas dos Pais” (Kingpin Books)
Joana Afonso, em “Deixa-me Entrar” (Polvo)
Ricardo Cabral, em “Pontas Soltas – Lisboa” (Asa);

 EXCELÊNCIA NA ILUSTRAÇÃO DE BD

André Caetano, em “Volta – O Segredo do Vale das Sombras” (Polvo)
André Coelho, em “Sepulturas dos Pais” (Kingpin Books)
Joana Afonso, em “Deixa-me Entrar” (Polvo)
Nunsky, em “Erzsébet” (Chili Com Carne)
 EXCELÊNCIA NA CRIAÇÃO DE CURTAS DE BD
Gentleman nº1, de André Oliveira e Ricardo Reis (Ave Rara)
Omega, de Nuno Duarte e Ricardo Venâncio, da antologia “Crumbs” (Kingpin Books)
The Green Pool, de Francisco Sousa Lobo, da antologia “Crumbs” (Kingpin Books)
X-23, ilustrado por Filipe Andrade e Nuno Plati, da antologia “X-Women: Mulheres da Marvel” (Levoir);

 EXCELÊNCIA NA BD EM PORTUGUÊS DE AUTORES ESTRANGEIROS

A Arte de Voar, de Altarriba e Kim (Levoir)
Blacksad: Amarillo, de Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido (Arcádia)
Mil Tormentas, de Tony Sandoval (Kingpin Books)
Saga vol.1, de Brian K. Vaughan e Fiona Staples (G-Floy Studios)

O Grande Júri é composto pelas seguintes personalidades:

André Azevedo (blogger)
André Lima Araújo (artista de BD)
Bruno Caetano (animador e divulgador de BD)
Daniel Henriques (artista de BD)
Gabriel Martins (divulgador)
Filipe Homem Fonseca (guionista e músico)
Filipe Teixeira (artista de BD e concept designer)
João Miguel Lameiras (jornalista)
João Ramalho Santos (livreiro e docente de BD)
José Pedro Castello Branco (blogger)
Manuel Morgado (Artista de BD)
Miguel Mendonça (Artista de BD)
Pedro Veiga Grilo (blogger)
Pedro Vieira de Moura (investigador e blogger)

Tiago da Bernarda (autor de BD).

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Paris e a Banda Desenhada

"Quando eu era pequena, eu não conhecia Paris. Mas, graças às Bandas Desenhadas, eu imaginei a capital. Com monstros no Sena e perodáctilos nos céus...".

Começa assim a evocação de Laureline Karaboudjan, autora da montagem em cima, no seu artigo "Mon Paris en BD" (clicar para ler todo), publicado no blog francês Slate.

Nessa sua evocação da forma como "conheceu" Paris através da Banda Desenhada, não faltam referências e Atérix e Óbelix, á série "Adéle Blanc Sec" de Tardi, ou a Spirou e Fantásio, entre, outras.

Partindo desse texto e dessas séries, em baixo, sem preocupações de rigos cronológico, evocamos a cidade de Paris tal como ela tem sido vista pela Banda Desenhada:























quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Em 18 de Novembro de 1985 nascia a série Calvin & Hobbes

No dia 18 de Novembro de 1985, passam hoje 30 anos, nascia a série Calvin & Hobbes (clicar para aceder ao site oficial), da autoria de Bill Watterson.

O nome dos inseparáveis rapaz e tigre, que só ganha vida longe dos adultos, inspirou-se no fundador do calvinismo e no filósofo Thomas Hobbes.

Inicialmente recusada, a série acabou por atingir um êxito enorme, sendo publicada em dezenas de países e centenas de jornais.

Em Portugal entrou pelas páginas do jornal Público, seguindo-se a edição em álbum de toda a série. Recentemente o diário Correio da Manhã retomou a reedição da série nas suas páginas.

O autor não nega as influências das séries Pogo de Walt Kelly, Krazy Cat, de George Herriman ou Peanuts de Charles Schultz.

No dia 31 de Dezembro de 1997 foi publicada a última tira de Calvin & Hobbes.

Há poucos anos Bill Watterson deu uma rara entrevista ao jornal Público, da qual resultou a reportagem que pode ser lida em baixo.

Foi a série Calvin & Hobbes que me "agarrou" ao jornal Público e que me reconciliou com o mundo da Banda Desenhada.

Associo esta série a outras duas, os Peanuts e a Mafalda.

As três séries são bem o retrato de três épocas da segunda metade do século XX,que correspondem também à evolução da minha vida.

Os Peanuts retratam o optimismo ingénuo do pós guerra; a Mafalda a contestação e o espírito revolucionário das décadas de 60 e 70; o Calvin & Hobbes o cinismo desesperançado do pós-modernismo neoliberal das duas últimas décadas do século XX.


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