quarta-feira, 17 de julho de 2019

A Banda desenhada na Conquista da Lua.



A aventura espacial foi ao longo do tempo, muito antes da chegada do homem à Lua, tema explorado por vários autores de Banda Desenhada.

O Caso mais famoso foi o de Hergé, que colocou alguns dos personagens mais icónicos da série TinTin a pisar o nosso satélite.

Aconteceu entre 30 de Março de 1950 e 30 de Dezembro de 1953, na revista belga Tintin, que publicou uma das mais longas aventuras do célebre personagem, “On Marché Sur La Lune”, que acabou por dar origem a dois álbuns publicados pela Casterman em 1953 e 1954, o 16ª e o 17º daquela série, intitulados, respectivamente , “Objectif Lune” e “Om Marche sur la Lune!, em português “Rumo à Lua” e “Explorando a Lua”.

A elaboração dessa aventura implicou um vasto trabalho de investigação por parte de Hergé, que reuniu toda a documentação científica então existente sobre a possibilidade de viajar para Lua.

A complexidade do trabalho levou-o a fundar os “estúdios Hergé”, contratando um grande número de desenhadores belgas para o ajudarem nesse projecto.

A primeira parte da História narra os preparativos para a viajem, um projecto do professor Girassol na fictícia Sildávia, com uma das presenças mais marcantes do capitão Haddock, superando os irmãos Dupond(t) em cenas hilariantes.

Este primeiro álbum termina quando a nave se prepara para alunar.

O segundo álbum passa-se quase todo na Lua, onde se descobrem passageiros clandestinos na nave, os irmãos Dupond(t), que acabam por se tornar os “primeiros humanos” a pisar a Lua, e um personagem misterioso, Jorgen, que procura, com a ajuda do engenheiro Wolf, boicotar a viagem.

Num ambiente mais negro que no primeiro álbum, a existência de passageiros clandestinos coloca o problema da falta de oxigénio suficiente para o regresso, levando ao autossacrifício do martirizado Wolf, num suicídio não assumido, situação que, à época, levou à tentativa de censura por parte de sectores católica.



Muitas outras aventuras relataram a conquista da Lua, algumas recordando o pioneirismo de Júlio Verne, outras romanceando a viagem do Apolo 11 e outras recorrendo a uma “realidade alternativa”, (ver em baixo), mas nenhuma atingiu a dimensão daquela aventura de TinTin.










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