quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Artista gráfico conta como sobreviveu aos atentados de Paris dentro do Bataclan

Segundo o Diário de Notícias on line (21 de Outubro 2016) Frede Dewilde acaba de lançar uma novela gráfica sobre a sua experiência nos atentados no Bataclan, dos quais foi um dos sobreviventes:
 
"Fred Dewilde é um dos sobreviventes dos atentados de Paris em 2015 e conta agora a história do horror que viveu, dentro do Bataclan a 13 de novembro, através de banda desenhada".
 
 
Mon Bataclan foi lançado na sexta-feira passada e  "conta a jornada de dois estranhos unidos pela proximidade da morte: Fred, o autor, e Elisa, a jovem mulher com quem o homem de 50 anos partilhou uma poça de sangue.
 
 
"Elisa foi ferida durante o ataque e, percebendo Dewilde que a única forma de escaparem ao ataque era fingir que estavam mortos, ficaram deitados no meio dos cadáveres e do sangue.
 
"Com as mãos dadas e a sussurrar, os dois confortaram-se mutuamente durante duas horas, até a polícia chegar.
 
 
"Estas personagens reais mostram como no meio do terror criaram "uma bolha de humanidade", como se lê no livro, segundo o jornal francês The Local.
 
"Ela podia ser minha filha", escreve Fred Dewilde no livro de banda desenhada a preto e branco. Os terroristas são desenhados como esqueletos.
 
 
"O livro incluiu também testemunhos de outros sobreviventes do Bataclan, que tinham ido ao concerto da banda Eagles of Death Metal, naquela sexta-feira. Dewilde conta que fazer a banda desenhada foi catártico e que acabou de o escrever exatamente seis meses após o ataque.
 
"A banda desenhada fala também do processo de recuperação e como os sobreviventes encaram a vida após uma experiência traumática. Fred teve dificuldades em voltar para a vida normal e agradece à mulher por todo o apoio. "Ela carregou-me", contou o artista gráfico.
 
"Dewilde afirma que não vai deixar a experiência traumática provocar-lhe "medo de multidões, de não-brancos e dos outros". "O inimigo não tem cor nem religião. O inimigo é o fanatismo, o medo, a loucura que leva à guerra", afirmou o sobrevivente.
 
 
"Os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris causaram 130 mortos. 90 estavam na sala de concertos Bataclan.
 
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